Equidade desde a escola: como estimular o interesse pela tecnologia
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Equidade desde a escola: como estimular o interesse pela tecnologia

Entenda a importância de incentivar desde cedo a igualdade entre meninos e meninas por meio de tecnologia e atividades práticas dentro da sala de aula



No Brasil, segundo dados da National Center for Women & Information Technology (NCWIT), apenas 25% das vagas computacionais são ocupadas por mulheres e esse número vem diminuindo com o passar dos anos.


Além disso, os dados também mostram que 56% das mulheres deixam seus empregos no meio da carreira, e os principais motivos para isso são: trabalhar em outras áreas ou simplesmente se afastar do mercado de trabalho.


No Vale do Silício, um dos locais mais importantes para a tecnologia, apenas 12% dos engenheiros são mulheres.


Esses dados só comprovam o fato de que realmente não existe equidade de gêneros na Tecnologia. Como consequência disso, as mulheres encontram cada vez mais dificuldades no mercado profissional dessa área.



Mulheres bem-sucedidas em carreiras STEM


Por mais que não tenha muita participação feminina nessa área, existe uma série de de mulheres bem-sucedidas que se tornaram referência em carreiras STEAM (termo que veio da junção das disciplinas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

A seguir, citamos exemplos de algumas que lutaram contra os pensamentos e as “regras” sociais vigentes e revolucionaram tanto a Ciência como a Tecnologia.


  • Ada Lovelace: escreveu o primeiro algoritmo, utilizado para comandar uma máquina, em meados do século XIX.

  • Nettie Stevens: era de família humilde, graduou-se em Stanford e descobriu a atuação dos cromossomos X e Y.

  • Marie Curie: foi pioneira no estudo de partículas radioativas e a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel, sendo a única a ter um Nobel de Química e de Física.

  • Valentina Tereshkova: tinha apenas 26 anos quando foi a primeira mulher astronauta.

  • Mary Anning: tinha apenas 12 anos quando descobriu o primeiro fóssil completo.

  • Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson: foram as matemáticas da NASA responsáveis pelos cálculos que levaram o homem ao espaço.



As barreiras no processo de ensino


Desde pequenas, as meninas são desmotivadas a gostar e querer determinadas coisas por serem “de menino” e vice-versa. A princípio isso pode ser considerado como algo “natural” ou “inocente”, mas essa prática traz sérios reflexos sociais.


Seja em relação a cores, brincadeiras ou comportamentos, as garotas são moldadas desde cedo pela sociedade. Durante o desenvolvimento delas, é comum serem desencorajadas em relação aos seus gostos para que sigam determinado “padrão social”.


Isso pode ser observado em relação à tecnologia, uma vez que o uso de video games é mais incentivado em garotos, por exemplo. A mídia também tem uma importante contribuição nesse cenário. O Instituto Geena Davis fez um estudo sobre a atuação dos gêneros na mídia e mostrou que dos personagens que exercem carreiras STEAM mais de 60% são homens brancos.


Felizmente, esse cenário tem mudado. Cada vez mais as mulheres têm ganhado visibilidade na mídia, o que é muito importante para incentivar as mais novas a considerar essa carreira e se sentirem motivadas a seguir nela.



Formas e atividades práticas para estimular a igualdade e o interesse de todos por tecnologia


Além da visibilidade feminina e de suas ações no mercado tecnológico, é muito importante estimular a igualdade dos gêneros nesse setor desde a escola. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) considera a educação a principal solução para o fim desse problema.


A grande maioria das mudanças sociais pode partir de dentro das salas de aula. Os professores, em conjunto com os pais, são os primeiros e mais importantes exemplos durante o desenvolvimento dos alunos.


E como estimular o interesse pela tecnologia?


O primeiro passo é começar desde cedo a conscientizar as crianças sobre a igualdade social, a importância do respeito aos outros e a existência de estereótipos. Estes não passam de construções sociais que fazem generalizações falsas e por isso não devem impedi-las de seguir os seus sonhos, seja na carreira em tecnologia ou em qualquer outra área.


O segundo passo é tratar todos iguais, isso é fundamental para promover atividades e projetos educativos neutros, que demonstrem a atuação dos dois gêneros nas mais diversas áreas. Além disso, atividades que estimulam a descoberta de novas áreas, principalmente as de tecnologia e das profissões do futuro, também são uma excelente opção.


Outra atitude que deve ser colocada em prática são atividades voltadas aos pais e docentes para “quebrar” os preconceitos estabelecidos neles, demonstrando a importância da igualdade entre gêneros.


Dessa forma, tudo isso deve ser feito em conjunto com atividades relacionadas às áreas STEM, como aulas de programação computacional, incentivo a experiências e atividades extras para aqueles que demonstrarem interesse.





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